Muita gente acredita que, depois de configurar roteadores, switches e IPs corretamente, a rede da empresa vai funcionar perfeitamente. Mas existe um detalhe muitas vezes ignorado que pode comprometer todo esse esforço: o cabeamento estruturado. Mesmo com ótimos equipamentos e uma configuração impecável, se os cabos forem ruins ou estiverem mal instalados, o desempenho da rede pode ser gravemente afetado.
Um cabeamento mal feito não é difícil de encontrar. Ele pode incluir cabos antigos ou de baixa qualidade, emendas mal isoladas com fita, passagem de fios junto a fontes de interferência elétrica como motores ou lâmpadas fluorescentes, distâncias maiores que 90 metros sem repetidores e até fios soltos no chão, sem qualquer tipo de organização. Tudo isso pode resultar em problemas como quedas de conexão aleatórias, lentidão em sistemas, impressoras que somem da rede, acessos remotos instáveis e transferências de arquivos que demoram mais do que o aceitável.
Muitos clientes me procuram acreditando que o problema está na configuração dos equipamentos, mas nem sempre é o caso. Às vezes, o problema está na base — na estrutura da rede. É como colocar um carro de Fórmula 1 para correr em uma estrada esburacada. Não importa o quão bom seja o carro, ele não vai render. Com a rede é a mesma coisa: se o cabeamento estiver ruim, o restante do sistema sofre.
Por isso, mesmo que o serviço solicitado seja apenas a configuração, sempre oriento meus clientes a investirem em uma boa estrutura. Cabos de qualidade (como CAT5e ou CAT6), organização em canaletas, patch panels e racks, além de manter a rede distante de fontes de energia, fazem toda a diferença. Com uma base sólida e uma configuração feita por um profissional, sua rede se torna mais estável, rápida e confiável — exatamente o que se espera de um ambiente corporativo.